Visita de Estudo
26-Novembro-2021
Olá!
Nós somos os alunos da turma A do 4ºano da EB1 de Esposende, e vamos contar-vos uma experiência interessante.
No dia 19 de novembro chegou o momento que nós tanto esperávamos, o dia da visita ao Paço dos Duques e ao castelo de Guimarães.
O dia estava lindo e o sol convidava para uma aventura e aguçava a nossa curiosidade de conhecer os feitos dos nossos antepassados. A viagem de ida foi um pouco longa, mas animada.
Quando lá chegámos já nos esperava a D. Dulce, uma simpática senhora que orientou a nossa visita. Começámos por ver uma peça de teatro de marionetas muito engraçada sobre a formação de Portugal.
Depois percorremos quase todo o palácio, à exceção das instalações presidenciais que é um lugar reservado ao presidente da República e ao 1º ministro quando estes visitam o berço da nação.
Foi muito curiosa e interessante esta visita, pois, ficámos a saber mais sobre os costumes e tradições de outras gerações. O palácio foi mandado construir por D. Afonso V e D. Constança, no séc. XV.
Visitámos várias salas com o teto de madeira em forma de barco voltado para baixo. Nas paredes estavam quatro tapeçarias que representavam as batalhas que levaram à conquista de duas cidades do norte de África: Tanger e Arzila. Uma das salas era conhecida como “sala dos passos perdidos “porque era aí que as pessoas esperavam para serem recebidas pelo monarca. Outra era a sala dos banquetes e nesta havia cadeiras de vários tamanhos que representavam a importância dada a cada pessoa. Não se usavam talheres nem pratos. Para cortar a carne usavam punhais de caça e colocavam a comida em cima de grandes fatias de pão, a fazer de prato. Era costume andar um cão à volta da mesa para servir de guardanapo (as pessoas limpavam os dedos ao pelo).
Na sala das armas havia vários materiais de guerra: armaduras, lanças, espadas, armas de fogo, espingardas, punhais … Os nobres dedicavam-se muito à caça porque era uma forma de se prepararem para as batalhas.
Os seus aposentos eram também muito diferentes dos atuais. A cama era muito alta e estreita porque só lá dormia uma pessoa (os casais dormiam em quartos separados). No quarto havia um pote e um vaso grande que servia de reservatório de água limpa. A água suja era atirada janela fora dizendo “água vai “(não havia casas de banho).
Havia também vários contadores que eram móveis com 31 gavetinhas onde guardavam o dinheiro que ganhavam em cada um dos dias do mês. Assim era mais fácil contar dinheiro. Este móvel era também utilizado para transportar as joias em grandes viagens.
Este palácio tinha muitas janelas para deixar entrar a claridade, pois, naquele tempo não havia eletricidade. O aquecimento era feito com lareiras e, por isso, havia trinta e nove chaminés.
Na capela, existiam uns lindos vitrais com personagens ilustres e os seus santos preferidos. De cada um dos lados do altar sentavam-se D. Afonso V e D. Constança, fazendo a separação de homens e mulheres.
Tivemos conhecimento também de uma grande curiosidade. Afinal foi uma portuguesa, D. Catarina, que levou a tradição do “chá das cinco “para a Inglaterra. Ao servir o chá, a rainha dizia “para ti “. Como os ingleses não conheciam esta bebida deram-lhe o nome de “tea “.
No final da visita ao Paço fomos ver a capela onde D. Afonso Henriques foi batizado que fica ao lado do castelo, já em ruínas. Para finalizar tirámos uma fotografia em frente à estátua do 1º rei de Portugal.
Foi deveras interessante esta visita de estudo!
Tudo correu bem até aqui, mas a viagem de regresso foi atribulada. O autocarro avariou à saída de Braga e ficámos um pouco assustados, mas a professora Isabel tranquilizou-nos. E lá ficamos duas horas à espera de um novo autocarro. Apesar de estarmos já cansados e com um pouco de fome continuámos viagem, mais animados. Até que o segundo autocarro avariou também, por sorte já estávamos em Esposende. Teve que vir um 3º autocarro para nos transportar até à escola. Eram quase três horas e meia quando finalmente chegámos.
Não se pode dizer que este dia acabou em beleza, pois estávamos fatigados e com um pouco de fome, mas também estávamos satisfeitos e com muitas coisas para contar.