Academia das Ciências pelo Oceano

No âmbito do Programa Impulso Jovens STEAM, alargamento da Rede de Clubes Ciência Viva na Escola, o Agrupamento de Escolas António Correia de Oliveira viu aprovado, em janeiro de 2022, o seu Clube de Ciência Viva designado por Academia das Ciências pelo Oceano.

Na Academia das Ciências pelo Oceano, estão previstas atividades de índole científica, com uma abordagem trans e multidisciplinar, que permitirão aos nossos alunos enriquecer o seu percurso académico com experiências pedagógicas inovadoras, experimentais, ativas e centradas no aluno. Procurar-se-á, em cada ano letivo, diversificar o tipo de atividades, entre atividades hands-on, investigação, workshops, palestras, concursos intra e extra escola, visitas de estudo, saídas de campo, edição de materiais de divulgação científica, exposições, mentorias e tutorias entre alunos, privilegiando o presencial e o contacto, o uso de todos os sentidos, mas também contemplando o online e a distância. Em todas as atividades será atribuído um papel significativo ao digital, enquanto recurso mais rico, mas global e mais sustentável, evitando-se o papel, o plástico e o vidro. A luta contra estereótipos, quer de género quer de culturas ou ainda de meios socioeconómicos ou outros, fará parte da matriz identitária de qualquer atividade realizada no âmbito do nosso clube.

Na Academia das Ciências pelo Oceano do Agrupamento de Escolas António Correia de Oliveira – (ACO)2 – procurar-se-á abranger várias áreas temáticas, curriculares e não curriculares, como Ambiente, Artes, Ciências Naturais, Eletrónica, Físico-química, Informática, Matemática, Música, Programação, Robótica, Sustentabilidade, Inteligência Artificial e Realidade Virtual.

Tentar-se-á definir para cada plano anual de atividades um tema congregador que possa valorizar o projeto e as suas atividades, quer pela visibilidade associada à comemoração de uma efeméride quer pelo contributo que o clube prestará à sociedade, quer ainda pela força aglutinadora que esta estratégia assume proporcionando o desenvolvimento dos alunos e da sociedade.

Em 23/24, teremos as nossas atividades dedicadas ao “50º aniversário do 25 de Abril”, procurando acrescentar memória a quem já não viveu a revolução que instaurou a democracia em Portugal. Os planos anuais contemplarão ainda a realização de atividades do clube “Academia das Ciências pelo Oceano” no âmbito de iniciativas locais, nacionais e internacionais das quais se realçam os Programas de Ocupação de Crianças e Jovens da Esposende 2000, nas interrupções letivas; a CodeWeek EU, em outubro; a Semana de Ciência e Tecnologia, em novembro. Por fim, em articulação e colaboração com a autarquia de Esposende e outras entidades e empresas locais, organizaremos semanas da (ACO)2, com a realização de várias atividades experimentais, saídas de campo, acampamento, teatro, artes e desporto, em que alunos mais velhos serão os cientistas juniores e que monitorizarão, supervisionados por professores, as atividades e os seus colegas mais novos, os aprendizes de cientistas. Será a oportunidade de colocar em prática as aprendizagens construídas, porque “quem sabe ensinar é porque sabe” e “a ensinar também se aprende”.

• Aumentar a literacia científica dos alunos do agrupamento e, através deles, contribuir para a melhor da literacia da população, em particular no que concerne ao digital e à sustentabilidade;
• Proporcionar momentos inovadores, trans e multidisciplinares de aprendizagem com recurso às atividades, espaço e equipamentos da “Academia das Ciências pelo Oceano” do Agrupamento de escolas António Correia de Oliveira – ACO2 (leia-se “ACO ao quadrado”);
• Promover a articulação vertical, na aquisição de aprendizagem e no desenvolvimento de competências, entre alunos dos vários ciclos do ensino básico, assumindo uns o papel de cientistas jovens e outros de aprendizes de cientistas;
• Cooperar e colaborar com as instituições locais, como a autarquia, associação de pais, tecido empresarial e comercial, entre outras, no enriquecimento das propostas de ocupação das crianças e jovens nas interrupções letivas;
• Fomentar o domínio de conhecimentos científicos básicos, com recurso a atividades experimentais estruturadas, apoiadas em fichas de acompanhamento que promovam a autonomia e o trabalho colaborativo;
• Fomentar o domínio de técnicas básicas relacionadas com o manuseamento de equipamentos e/ou materiais de laboratório, procurando um hibridismo entre instrumentos materiais e ferramentas digitais;
• Promover nos alunos hábitos de organização e trabalho em equipa, competências plasmadas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, como, por exemplo, pensamento crítico e reflexivo, pensamento computacional, autonomia, autoavaliação, empreendedorismo, predisposição para a mudança e resolução de problemas;
• Consolidar as TIC enquanto ferramentas de trabalho transversais a todas as áreas disciplinares, proporcionando melhores experiências com o mobile learning e o ensino híbrido;
• Proporcionar experiências singulares que criem um elo de ligação com a natureza e despertem a paixão de aprender, tornando os jovens de hoje nos adultos conhecedores e responsáveis do amanhã;
• Despertar interesse e promover a aprendizagem por áreas emergentes do conhecimento, como a programação, a robótica, a realidade virtual, o 3D, o Gaming e a Inteligência Artificial;

• Mobilizar a compreensão de processos e fenómenos científicos que permitam a tomada de decisão e a participação ativa enquanto cidadãos, promovendo a sustentabilidade, a preocupação climática, a potenciação do digital e comportamentos humanistas, em particular no que concerne ao respeito pelas diferenças culturais e pela dignidade humana.

Eduardo Cunha