António Correia de Oliveira

O nosso agrupamento tem a honra de ter como patrono o poeta António Correia de Oliveira, uma figura marcante da literatura portuguesa, cuja vida e obra refletem valores de identidade, cultura e ligação ao território.

Nascido a 30 de julho de 1879, em São Pedro do Sul, distrito de Viseu, António Correia de Oliveira destacou-se desde cedo pelo seu talento literário. Publicou o seu primeiro livro de poesia, Ladainha, com apenas 16 anos.

Após uma breve carreira jornalística em Lisboa, onde trabalhou no Diário Ilustrado, viria a fixar residência em Antas, concelho de Esposende, em 1912, depois de casar com uma senhora natural da região do Minho. Foi na Quinta do Belinho, em Antas, que viveu grande parte da sua vida e onde continuou a escrever, profundamente inspirado pela natureza e pela vida rural do Norte de Portugal.

Poeta com uma vasta obra, Correia de Oliveira foi ligado aos movimentos saudosista e neogarrettista, tendo também colaborado com o Integralismo Lusitano. A sua escrita, rica em religiosidade, tradição e valores patrióticos, valeu-lhe o reconhecimento nacional e internacional.

Entre 1933 e 1942, foi nomeado quinze vezes para o Prémio Nobel da Literatura, o maior número de nomeações conhecido para um autor português.

Foi também pai de José Gonçalo Correia de Oliveira, que se destacou como Ministro da Economia durante o Estado Novo (1965–1968).

António Correia de Oliveira faleceu a 20 de dezembro de 1960, com 81 anos, na sua casa em Antas, Esposende, onde hoje é lembrado com orgulho. O seu legado literário e humano permanece vivo entre nós, sendo uma fonte de inspiração para todos os que aprendem e crescem no nosso agrupamento.